Os dias passam e se amontoam sem que eu me dê conta e em uma noite qualquer, mais uma madrugada de insônia, de turbilhões de pensamentos, percorro o caminho dos transeuntes na escuridão, naquele espaço pouco depois que todos deitam e um pouco antes da aurora, minha mente se perde em devaneios duma vida distante, perdida entre as lembranças do passado e os desejos do futuro indeciso. Atordoada pelas consequências das ações impulsivas, ela deixa escapar um suspiro de saudade e então um arrepio percorre seu corpo tomando o lugar da culpa, pensando nos momentos quentes, não só os de alta temperatura pelo atrito dos corpos mas do espírito que se conectam de modo único. Reflito um pouco e percebo que fui permissiva ao extremo, poderia ter evitado muita coisa, me desgastado bem menos se soubesse dizer não sempre que necessário, mas parece até que gosto de possuir problemas, aliás esse nome não veio à toa né? Toda intensa, não sabe fazer nada aos poucos, sou exagerada, gosto do estrago, tenho uma alma revel, sou mesmo toda ranzinza, o mau humor é meu companheiro diário, tanto que a mim tornou-se imperceptível.
Tudo soa naturalmente, mas tenho meu lado doce, meigo, não sou esse ogro todo tempo.
Texto da seguidora: P.Evaristo.L.Rodrigues.
Parece que foi feito pela autora pensando em mim , topem topem…. Muito foda!
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